CPI de 2,7% e US$ 1 bi em ETH: Wall Street acordou?

O índice de inflação que saiu hoje de manhã pode ter alterado as expectativas do mercado para os próximos meses.

Os números vieram mistos, mas com um viés ligeiramente positivo: CPI geral de 0,2% mensal (em linha) e 2,7% anual (abaixo dos 2,8% esperados).

O core veio em 0,3% mensal (em linha) e 3,1% anual (levemente acima dos 3,0% projetados).

Apesar do núcleo ter vindo ligeiramente acima, o índice geral manteve sua trajetória de desaceleração.

E isso pode ser suficiente para o Fed justificar seu primeiro corte do ano em setembro.

Coincidência ou não, ontem assistimos ao maior inflow da história nos ETFs de Ethereum: mais de 1 bilhão de dólares em um único dia.

E a BitMine anunciou aumento do teto para compra de ETH para 24,5 bilhões de dólares – um salto de 20 bilhões desde o último prospecto.

Você vai entender por que esses dois movimentos – política monetária e capital institucional – podem estar mais conectados do que aparenta.

O Fed na encruzilhada

Pensa comigo: Powell está numa situação que não é nada fácil.

É como estar dirigindo um carro com o Trump no banco do carona gritando “acelera!” e a inflação no banco de trás dizendo “calma aí”.

O presidente acha que o Fed deveria ter cortado juros há muito tempo. Powell argumenta explicando que há dois trabalhos: manter as pessoas empregadas E não deixar a inflação disparar.

Até aí, nada que você já não saiba.

Mas olha só o que aconteceu: lembra da revisão dos dados de emprego no final do mês passado?

Foram revisados tão para baixo que até deu aquela panicada no mercado. Isso coloca pressão real para que Powell aja.

O problema é que ele ainda está receoso por causa das tarifas. Por quê? Porque tarifas podem fazer a inflação subir de novo – o que seria um grande problema ao cortar juros na véspera de um novo surto inflacionário.

Aqui entra a importância do CPI de 2,7% anual de hoje.

Não é a meta de 2% que o Fed quer, mas mostra que a coisa está caminhando na direção certa.

E com o mercado de trabalho começando a esfriar, Powell pode finalmente estar com a desculpa que precisava.

O mercado já está precificando 94% de chance de corte em setembro.

Você viu como isso mudou rápido? Há dois meses, essa probabilidade não passava de 60%.

OS NOVOS BITCOINS

Se você não ficou rico com Bitcoin, essa é sua chance. Uma nova classe de moedas está subindo

09/09 às 19h

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Wall Street descobre o Ethereum

Aqui é onde a história fica interessante. O bitcoin voltou a subir com os dados positivos, mas outros ativos, especialmente o Ethereum, estão subindo mais e chamando a atenção dos institucionais.

Wall Street teria se cansado do BTC? Não é bem assim… Isso seria uma análise muito simplista.

O que aconteceu foi que os investidores institucionais finalmente pararam de olhar apenas para ele.

É como se o mercado cripto fosse uma casa e os investidores ficassem o tempo todo só na sala de entrada. Agora eles estão explorando o segundo andar.

Olha esses dados: nos últimos três meses, o Ethereum subiu 176%.

Enquanto todo mundo prestava atenção nas máximas históricas do Bitcoin, o ETH estava fazendo o trabalho dele quietinho no canto. E quando Wall Street percebeu, começou a alocar dinheiro massivamente.

A dinâmica é simples: o Bitcoin sempre foi visto como “ouro digital” – uma reserva de valor.

O Ethereum é diferente.

É uma plataforma que permite construir aplicações financeiras descentralizadas. São casos de uso completamente distintos.

E aqui está o ponto que muita gente não entende: quando o Ethereum começa a subir forte, ele puxa o resto do mercado altcoin junto.

É como se fosse um termômetro do apetite por risco dos investidores.

A rotação de capital estava óbvia nos gráficos há semanas. A dominância do Bitcoin – que mede quanto do mercado total está alocado em BTC – vinha caindo consistentemente. Agora sabemos para onde esse dinheiro estava indo.

O bilhão que mudou tudo

A entrada de 1 bilhão de dólares nos ETFs de Ethereum em um único dia foi histórica. Para você ter noção do que isso significa: é mais do que muitos ETFs de Bitcoin receberam em seus melhores dias.

Mas aqui é importante entender o comportamento por trás desses números.

Investidores institucionais não acordam de manhã e decidem alocar 1 bilhão em um ativo por impulso. Esse tipo de movimentação é resultado de meses de análise e planejamento.

É como uma represa que vai acumulando pressão: primeiro você vê algumas rachaduras, depois começam os vazamentos pequenos, até que um dia a barragem arrebenta de uma vez.

O que me chama atenção é que esse movimento confirma exatamente o que vínhamos observando nas últimas semanas. Lembra quando falamos que o Ethereum estava acordando? Aquele não era apenas wishful thinking. Era capital institucional se posicionando antes do movimento principal.

A dominância do Bitcoin, que vinha concentrando a maior parte do capital das altcoins por meses, finalmente começou a cair. E quando isso acontece, sabemos onde o dinheiro vai: primeiro para o Ethereum, depois para o restante do ecossistema altcoin.

O timing não é coincidência.

Esse record de inflow aconteceu exatamente quando as expectativas sobre corte de juros melhoraram. Quando ativos de risco ficam mais atraentes, o dinheiro institucional se move – e se move rápido.

A pergunta que fica é: isso foi o início ou foi o pico? Baseado nos dados que estou vendo, parece muito mais o início.

Treasury companies: o novo Michael Saylor
Lembra do Michael Saylor? O cara que transformou a MicroStrategy numa máquina de comprar Bitcoin e fez a ação da empresa subir mais de 1000%?

Agora temos uma versão 2.0 disso, só que focada no Ethereum.

A BitMine acabou de anunciar aumento do teto para compra de ETH para 24,5 bilhões de dólares.

Um salto de 20 bilhões desde o último prospecto suplementar.

Para você ter noção: eles já têm 5 bilhões em Ethereum no balanço e querem multiplicar isso por cinco.

Tom Lee, que está à frente da BitMine, é chamado de “o Michael Saylor do Ethereum” – e não é à toa.

Ele quer adquirir 5% de todo o supply de ETH. É uma estratégia agressiva que pode forçar outros players a seguir o mesmo caminho.

A diferença é que com Ethereum você tem mais possibilidades.

Além de segurar o ativo, dá para fazer staking (render 3-5% ao ano) e até explorar DeFi para gerar rendimentos maiores.

Se mais empresas seguirem esse modelo, o ETH disponível no mercado vai diminuir drasticamente.

E menos oferta com demanda crescente… bem, você sabe como termina essa história.

O que isso muda para você

Vamos conectar os pontos aqui.

Os dados de inflação de hoje criaram o ambiente que o mercado precisava: justificativa para o Fed cortar juros. 94% de probabilidade não é especulação – é o mercado precificando uma mudança real na política monetária.

Corte de juros significa dinheiro mais barato e maior apetite por risco.

E onde o dinheiro institucional vai quando busca risco controlado? Para ativos que combinam potencial de valorização com narrativas sólidas.

O Ethereum está exatamente nessa posição.

Não é mais a “altcoin experimental” – é a plataforma que vai processar bilhões em stablecoins regulamentadas, DeFi institucional e tokenização de ativos reais.

E olha a timing: enquanto essas condições macroeconômicas se alinham, as treasury companies estão acumulando posições de longo prazo.

Elas não estão especulando – estão se posicionando para um ciclo que pode durar anos.

Nada disso garante que os preços vão subir amanhã ou na próxima semana.

Mercados são voláteis e correções fazem parte do jogo. Mas pela primeira vez em meses, todos os elementos estão se alinhando na mesma direção.

Os dados de inflação de hoje não garantem que teremos um bull market sustentado. Mas pela primeira vez em meses, as condições macroeconômicas estão alinhadas para que isso aconteça – e o Ethereum está na posição ideal para capturar esse movimento.

Radar de Mercado

Harvard aposta mais no Bitcoin que no Google

A universidade mais prestigiada do mundo alocou R$ 630 milhões em ETF de Bitcoin.

Para ter noção do que isso representa: é mais do que Harvard tem investido em ações do Google.

Não é só sobre o valor – é sobre o que isso sinaliza para outras instituições acadêmicas. Harvard não faz esse tipo de movimento sem uma tese robusta por trás. E quando Harvard se move, outras universidades prestam atenção.

DeFi Summer 2.0 pode estar chegando

Doze treasury companies já compraram 2 milhões de ETH desde que saíram do modo “stealth” dois meses atrás. Standard Chartered estima que elas podem acumular outros 10 milhões de ETH ao longo do tempo.

O que me chamou atenção: várias dessas empresas estão planejando usar DeFi para gerar rendimento. GameSquare mira rentabilidade de 8-14% ao ano. BTCS depositou 100 milhões em ETH no Aave para estratégias de “flywheel”.

Por que isso importa? Se bilhões começarem a fluir para protocolos DeFi, podemos ter uma nova onda de valorização em tokens como AAVE, PENDLE e outros do setor.

Brasil vira “paraíso” das stablecoins

35% das compras de cripto no Brasil agora são stablecoins – saltando de 26% no início do ano.

A coincidência temporal com o aumento do IOF não é acaso.

USDC lidera com 24%, seguido por USDT com 11%. O brasileiro descobriu que pode ter “dólares digitais” sem pagar IOF. E isso está se espalhando pela América Latina toda.

Atenção regulatória: Banco Central abriu consulta pública que pode mudar essas regras. Vale acompanhar de perto.

Vitalik volta a ser bilionário

Com ETH subindo 19,8% na semana, Vitalik Buterin voltou ao clube dos bilionários on-chain.

Seus 240.042 ETH valem agora US$ 1,03 bilhão.

Ethereum virou o 27º maior ativo do mundo, ultrapassando Costco, Palantir e ExxonMobil. Está a apenas 12,8% da máxima histórica de US$ 4.878.

Hoje fico por aqui.

Obrigado pela leitura.