Tangem Ring vs. Cartão – Qual escolher? Comparação completa, preços e análise técnica.
Tenho oito hardware wallets na minha mesa neste momento. Entre Ledger, Trezor, Tangem… testei todas. Mas a que chegou semana passada explodiu a minha cabeça, porque chegou de uma forma que eu não esperava: você pode carregar 1 milhão de dólares em Bitcoin no seu dedo. E ninguém – absolutamente ninguém – vai saber disso.
Recentemente, mostrei a hardware wallet mais barata do mundo: um cartão.
Hoje, vou te mostrar a mais discreta: um anel.
Quando soube que existia uma versão em formato de anel, quis testar imediatamente.
Porque isso vai além de ser “só mais uma hardware wallet” – é uma mudança de conceito.
Vou te mostrar o unboxing completo, as especificações técnicas, como funciona na prática e fazer a comparação direta com o cartão.
Mais importante: vou te dizer para quem faz sentido e para quem não faz.
Sem hype. Só análise.
Por Que Mais Uma?
Tenho três Ledgers, três Trezors, uma SafePal que nem abri ainda e o cartão da Tangem que testei recentemente. Minha mesa parece uma loja de hardware wallets.
A pergunta óbvia é: por que eu precisaria testar mais uma?
A resposta está no formato.
Ledger e Trezor são excelentes. Dispositivos maduros, confiáveis, com histórico comprovado. Parecem pen drives. Você guarda na gaveta, pega quando precisa fazer uma transação, usa e guarda de novo.
O cartão da Tangem já trouxe uma mudança: formato de cartão de crédito, ultrafino, que cabe na carteira. Você pode carregar com você o tempo todo. Máxima portabilidade sem chamar atenção.
O anel vai um passo além: discrição total.
É como a evolução do relógio de bolso para o relógio de pulso. A funcionalidade é a mesma – marcar as horas. Mas a experiência é outra.
Um você guarda no bolso e pega quando precisa. O outro está sempre com você, no pulso, disponível.
O anel faz isso com autocustódia. Está ali no seu dedo. Sempre disponível. Completamente discreto.
Ninguém olha para você e pensa: “esse cara tem uma hardware wallet”. Veem apenas um anel. Você pode viajar, passar por aeroportos, circular com milhões em cripto. Zero chance de alguém perceber.
A autocustódia virou invisível.
Unboxing e Primeiras Impressões
Abri a caixa e lá estava: um anel preto, discreto, bonito.
Parece um anel normal que você realmente usaria no dia a dia, não tem um aspecto “tech” chamativo. Na verdade, é minimalista e elegante.
Dentro da caixa vêm dois cartões de backup. Mesma lógica do pack de três cartões: você usa o anel no dia a dia, os dois cartões ficam guardados em locais diferentes como backup.
Não é multisig – você usa apenas um dispositivo por transação. Os outros são cópias de segurança caso perca ou danifique o principal.
Um detalhe importante: o tamanho segue padrão americano.
Se você usa anel tamanho 21 ou 23 no Brasil, vai precisar converter. No meu caso, tamanho 23 brasileiro = tamanho 10 americano.
Vale conferir a tabela de conversão no site antes de comprar.
As especificações técnicas
Chip seguro desenvolvido em parceria com a Samsung, empresa suíça, com 25 anos de garantia.
O anel é resistente à água, não precisa de bateria e usa comunicação por NFC – você encosta no celular e pronto.
O manual de instruções tem literalmente dois passos: baixar o aplicativo e escanear o dispositivo.
O que o anel realmente guarda
Funciona assim: você tem um cofre digital na blockchain. Nesse cofre está depositada uma quantidade de bitcoins. Para abrir esse cofre e movimentar o dinheiro, você precisa da chave privada.
A seed phrase – aquelas 12 ou 24 palavras – reconstrói essa chave privada.
No caso da Tangem, a seed phrase existe. Mas fica gravada no chip da Samsung. Você não tem acesso, não precisa anotar, não corre o risco de perder em algum papel.
O anel físico é a sua chave. O cartão físico é a sua chave. Desde que o objeto tenha dentro dele o chip que armazena sua seed phrase, ele serve para abrir o cofre onde suas criptomoedas estão.
Poderia ser um cartão. Poderia ser um anel. Poderia até ser uma raquete de tênis, se coubesse o chip ali dentro. O formato muda, a tecnologia é a mesma.
Qual escolher?
Mesma empresa. Mesma tecnologia. Mesmo chip da Samsung. Mesma segurança.
A diferença está no formato – e no preço.
O cartão custa a partir de US$ 46,67 (pack com 2 cartões) ou US$ 59,42 (pack com 3 cartões) com o desconto de 15% + frete grátis que conseguimos. O anel custa US$ 127,50 – sim, é mais caro. Mas estamos falando de uma hardware wallet vestível, primeira do tipo no mercado.
Vamos à comparação direta:
Tangem Card vs. Tangem Ring
Portabilidade:
- Cartão: cabe na carteira, formato cartão de crédito
- Anel: no dedo, sempre com você
Discrição:
- Cartão: parece um cartão normal
- Anel: parece um anel normal (máxima discrição)
Praticidade no dia a dia:
- Cartão: precisa tirar da carteira para usar
- Anel: está sempre disponível
Preço:
- Cartão: mais barato (a partir de US$ 46,67)
- Anel: mais caro, mas investimento em design e portabilidade
Backup:
- Cartão: vem com 2 ou 3 cartões idênticos
- Anel: vem com o anel + 2 cartões de backup
Setup e uso:
- Ambos: idênticos (5 minutos de configuração, NFC, PIN de acesso)
A questão prática
Se você quer a opção mais barata e funcional, o cartão resolve perfeitamente. Testei, uso, funciona bem. Cabe na carteira, é discreto, fácil de usar.
Se você quer máxima discrição e portabilidade, o anel vale o investimento adicional.
Você literalmente esquece que está usando. Viaja com milhões em cripto sem chamar atenção em detector de metais, alfândega, qualquer lugar.
Ambos funcionam da mesma forma. Ambos têm a mesma segurança. A escolha é sobre estilo de vida e preferência pessoal.
Link oficial da Tangem com desconto
Como Funciona na Prática
O setup é ridiculamente simples. Leva 5 minutos.
Você baixa o aplicativo da Tangem (tem QR code na caixa), encosta o anel no celular, cria um PIN de acesso e pronto. Depois você escaneia os dois cartões de backup para gravar a mesma seed phrase em todos os dispositivos.
Testei com a minha Wallet 1 (a do cartão) e criei agora a Wallet 2 com o anel. Você pode ter quantas wallets quiser, cada uma com dispositivos diferentes.
Se você quer ver todo o processo na prática, gravei um vídeo completo mostrando o unboxing, configuração e uso:
Fazendo uma transação
No vídeo acima, mostro também como fazer transações entre wallets. O processo é simples: você escolhe o ativo, define o valor, seleciona o destino e escaneia o dispositivo físico para assinar.
O app já mostra suas outras wallets automaticamente, eliminando o risco de copiar o endereço errado.
A parte que mais gostei: DeFi sem fio
Aqui fica interessante. Você pode usar o anel ou o cartão para fazer transações em DeFi sem cabo, sem conectar no computador, tudo por WalletConnect.
Testei com a Jupiter, uma DEX de Solana.
Conectei via QR code, meu endereço apareceu no site. Fiz um swap de Solana por USDT. A transação apareceu no celular para eu assinar com o cartão. Escaneou, assinei, processou.
Segurança de hardware wallet, experiência sem fio.
Você não perde a camada de proteção – o dispositivo físico continua sendo necessário para assinar transações. Mas a experiência é muito mais fluida do que conectar cabos e navegar por menus em telas pequenas.
Se fosse com o anel, seria exatamente igual. Mesma tecnologia, mesmo processo. Só muda o formato do dispositivo que você encosta no celular.
CONCLUSÃO
Tenho 8 hardware wallets na minha mesa. Testei todas. Cada uma tem seu propósito.
Ledger e Trezor são excelentes para quem quer controle total, recursos avançados, suporte a centenas de moedas. São dispositivos maduros, confiáveis.
O cartão da Tangem trouxe simplicidade. Eliminou seed phrases, reduziu o setup para 5 minutos, custou menos de US$ 50. A autocustódia virou acessível.
O anel vai além.
Não é sobre ter mais recursos ou ser mais seguro. É sobre tornar a autocustódia tão natural que você esquece que está usando. Está no seu dedo. Sempre disponível. Completamente invisível.
Você viaja com milhões em cripto. Ninguém percebe. Passa por aeroportos, alfândega, detector de metais. É apenas um anel.
Quer fazer uma transação em DeFi? Abre o celular, conecta via WalletConnect, escaneia o anel, assina. Sem cabo, sem complicação.
A tecnologia finalmente ficou invisível. E quando a tecnologia fica invisível, ela deixa de ser um obstáculo para se tornar parte da sua vida.
Se o cartão já tinha me impressionado pela simplicidade, o anel me mostrou que a inovação em hardware wallets está apenas começando.
Para quem se interessou
Consegui um desconto exclusivo de 15% + frete grátis para o Brasil em todos os produtos da Tangem.
Preços com desconto:
- Pack com 2 cartões: US$ 46,67
- Pack com 3 cartões: US$ 59,42
- Tangem Ring (anel + 2 cartões): US$ 127,50
Enquanto você estava decidindo qual hardware wallet comprar, três movimentos importantes aconteceram no mercado esta semana. Vou te explicar o que importa em cada um.
Trump dobra aposta contra China e acena para negociações
O presidente dos EUA anunciou uma tarifa de 155% sobre produtos chineses, mas sinalizou abertura para um novo acordo comercial.
Por que isso importa para cripto: Tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo historicamente aumentam a busca por ativos descentralizados.
Bitcoin se beneficia da incerteza geopolítica porque é um ativo que não depende de nenhum governo específico.
Como isso te afeta: Se as tensões escalarem, podemos ver fluxo de capital institucional aumentando em cripto como hedge contra instabilidade.
Se houver acordo, mercados tradicionais sobem e cripto geralmente acompanha o otimismo.
ETFs de Bitcoin estreiam no Reino Unido
Depois de anos de proibição desde 2021, fundos de investimento de gestoras como BlackRock finalmente estrearam no mercado britânico.
Por que isso importa: O Reino Unido é um dos maiores centros financeiros do mundo.
A aprovação de ETFs de Bitcoin lá significa que milhões de investidores institucionais e de varejo agora têm acesso regulamentado a cripto através de suas corretoras tradicionais.
Como isso te afeta: Mais liquidez entrando no mercado. Mais legitimidade institucional.
Isso não causa pumps imediatos, mas constrói infraestrutura para adoção de longo prazo. É infraestrutura sendo construída, não hype.
Bitmine adicionou US$ 800 milhões em ETH em uma semana
BITMINE ADDED $800M ETH IN A WEEK
But if you were tracking Bitmine on Arkham, you already knew that they were buying. https://t.co/xPJ04QiVud pic.twitter.com/1Pzyc2zWnf
— Arkham (@arkham) October 20, 2025
A mineradora Bitmine comprou US$ 800 milhões em Ethereum em apenas 7 dias.
Quem estava acompanhando via Arkham (plataforma de rastreamento on-chain) já sabia antes de virar notícia.
Por que isso importa: Empresas de mineração historicamente acumulam o ativo que mineram quando acreditam que o preço está subvalorizado.
É um sinal de confiança de quem está “dentro” do mercado.
Como isso te afeta: Movimentações grandes como essas reduzem a oferta disponível em exchanges.
Menos ETH disponível para compra pode significar pressão de preço para cima se a demanda se mantiver.
Mas atenção: acumulação não garante alta imediata. É um indicador, não uma certeza.
O padrão se repete
Esses três movimentos – geopolítica, regulação e movimentação institucional – são os três pilares que definem ciclos em cripto. Observa como eles interagem, não isoladamente.
Por hoje é isso, obrigado pela leitura!