🎯 Os 3 níveis de timing que separam amadores de profissionais

Sexta-feira foi um laboratório perfeito.

Powell falou em Jackson Hole, mercado disparou, Ethereum bateu máxima histórica.

Tudo que um investidor cripto sonha: confirmação de cortes de juros e alta generalizada.

Aí chegou segunda-feira. Correção. Realização de lucros. Dúvidas.

“Bazan, era para ter vendido na sexta? Quando compro de volta? Perdi o timing?

Recebo essas perguntas toda semana. E a verdade é que a maioria dos investidores quer uma fórmula mágica para acertar o timing perfeito.

Comprar no fundo absoluto, vender no topo exato.

Mas não existe essa fórmula.

O que existe é método. Uma forma sistemática de analisar o mercado e tomar decisões mais embasadas. Não perfeitas – mais embasadas.

Por isso, nesta edição da Block Times, decidi endereçar o tema mais pedido pelos leitores: como definir timing de entrada e saída no mercado cripto.

Vou compartilhar exatamente como penso e como executamos na Underblock. O mesmo método que uso na minha carteira pessoal há anos.

Não é trading. É estratégia de buy-and-hold com timing inteligente.

Os 3 Níveis do Timing Inteligente

Compre no fundo, venda no pico.

Todo investidor quer acertar o timing exato. Não é exclusivo de cripto – todos somos loucos da mesma forma.

O segredo que separa amadores de profissionais: timing não é um evento único. São 3 decisões sequenciais.

Passo 1: Definir timing do ciclo macro de cripto
Passo 2: Definir timing de alocação da carteira
Passo 3: Definir timing de um ativo específico

Esses passos devem ser avaliados nesta ordem. Você já vai entender por quê.

Passo 1: Lendo o Ciclo Macro

Sempre que vou investir, me pergunto se temos um ambiente favorável. Para isso, preciso, antes de qualquer coisa, observar o comportamento do bitcoin.

Ele está em tendência de alta?

Ou está descontado o suficiente para valer o risco de aportar?

Ou será que estamos num ponto de exaustão?

Responder essas perguntas é crucial nesse passo.

Via de regra:

  1. Se o bitcoin está próximo de um fundo ou em tendência de alta: devo aumentar minha alocação e posso considerar diversificar entre outros ativos;
  2. Se o bitcoin está em tendência de queda ou próximo da exaustão do ciclo: devo ter cautela e pensar em realizar minhas posições para ativos mais estáveis, como stablecoins.

Aqui, costumo avaliar alguns indicadores. Vamos separá-los em categorias.

#1 Indicadores Técnicos

Trabalho com gráficos longos: mensal e semanal.

Procuro por:

  • RSI em sobrecompra (círculos vermelhos = exaustão)
  • Cruzamento de médias (EMA9 vs EMA20)
  • Padrão de topos/fundos descendentes

Conforme identifiquei na imagem acima, busco por pontos de exaustão como o RSI elevado (em sobrecompra) indicado pelos círculos.

Também gosto de olhar para o cruzamento de médias, sendo uma mais curta (9 períodos) e uma mais longa (20 períodos). Normalmente, cruzamentos para cima indicam reversão de alta e, para baixo, reversão de queda.

Nesse caso, o gráfico mensal pode ser um pouco lento e, por isso, podemos combinar com o gráfico semanal, identificando topos e fundos descendentes com consistência para determinar que o movimento de alta, pelo menos por ora, acabou.

#2 Indicadores Macro

Desde 2022, cripto e macro se casaram. A taxa de juros virou protagonista:

Ciclos de corte de juros = positivo para cripto
Ciclos de alta de juros = negativo para cripto

Atenção: um dado isolado faz ruído, mas não define tendência.

Preciso de uma sequência de fatos.

Por exemplo: um dado pontual ruim (inflação, emprego etc) faz ruído no curto prazo, mas, sozinho, não define tendência.

#3 Indicadores On-Chain

Meu favorito: MVRV (Market Value to Realized Value). Ele mostra se o mercado está superaquecido ou devastado.

Embora os ciclos mudem ao longo do tempo, indicadores como esse apontam extremos e nos mostram quão próximos ou distantes estamos de topos e fundos.

Outras métricas que acompanho:

  • NUPL (Net Unrealized Profit/Loss)
  • Acúmulo vs Distribuição por holders
  • Grau de realização de lucros
  • Dados de alavancagem

A combinação desses indicadores me dá clareza sobre o ciclo geral.

Passo 2: O Timing de Alocação

Segunda pergunta crucial: o que me faria trocar BTC por outra criptomoeda?

Tudo é custo de oportunidade. Para sair do Bitcoin, precisa valer muito a pena.

Uso dois indicadores principais:

#1 Dominância do Bitcoin

É o “market share” do BTC.

Mostra pontos de reversão históricos para timing de altcoins.

Cenário atual: a dominância está à beira de um precipício.

Seria factível a dominância ainda escalar para os 71%. Porém, ao perder suportes importantes, como a média de 20 meses, podemos ter uma reversão importante, denotando força relativa das altcoins e “pedindo” uma alocação mais alta no portfólio.

Tradução: altcoins podem brilhar em breve.

#2 Relação ETH/BTC

Quando Ethereum está muito descontado vs Bitcoin, as altcoins também estão.

Foi olhando esse gráfico acima que retomamos alocação gradual em ETH depois de termos saído em 2024. Deu muito certo.

Passo 3: Timing do Ativo Específico

Último nível: escolher o ativo individual.

Aqui, combino análise fundamental com técnica.

Podemos avaliar métricas sociais para entender o peso de cada narrativa. Por exemplo, entendendo se um tema especifico (como I.A. ou DeFi) está sendo mais mencionado nas redes sociais.

Mas, falando em termos técnicos, gosto de olhar para indicadores que mostrem confirmação ou reversão de tendência.

Meus indicadores preferidos (sempre indo do time frame mais longo para o mais curto):

  • Médias móveis e cruzamentos (uso principalmente EMA9 vs EMA20)
  • Suportes e resistências
  • RSI e MACD para indicadores de força e momentum
  • Paridade com BTC e ETH (afinal, estamos trocando uma coisa por outra)

Perguntas que faço:

  • Na queda, suportes de preço estão sendo respeitados? Quais são os suportes mais fortes para indicar uma reversão?
  • Provavelmente não vale tanto a pena comprar tudo de uma vez perto de uma resistência
  • As médias estão apontando para cima e, idealmente, com a média curta acima da longa?
  • Temos uma tendência clara?

Cenário ideal: comprar ativos em clara tendência de alta. Alternativa: “apostas” em ativos extremamente descontados (RSI em sobrevenda, abaixo de 30, preço desgastado, divergências aparecendo).

A Verdade Sobre Timing Perfeito

Não existe fórmula mágica. Também não existe timing perfeito.

Se você perseguir perfeição no timing, será um eterno frustrado.

Mas se usar esses 3 passos com sabedoria, combinando com análise fundamentalista, seu potencial de lucros será alto.

A diferença não está em acertar sempre. Está em ter um método consistente para decisões mais embasadas.

É assim que encontramos os “Novos Bitcoins”

Eu dou esse apelido de novos bitcoins a moedas que vão sendo descobertas pelo mercado tradicional.

Não é que elas vão substituir o BTC em relevância. Longe disso…

Mas conforme o bitcoin sobe e atinge novas máximas, é natural que os investidores busquem outras alternativas.

E pro “cara de Wall Street”, são todos “bitcoins”.

Com isso em mente, fica claro que, agora que o BTC passou de US$ 120.000, uma rotação natural está acontecendo para o Ethereum, que vem se destacando.

E é questão de tempo, na minha opinião, até que mais “novos bitcoins” sejam descobertos pelos investidores.

A verdadeira altseason ainda não veio. Mas me parece estar à porta. Principalmente considerando que devemos ter cortes de juros em setembro.

Portanto, se você entendeu que estamos em um bom timing de alocação em ativos alternativos ao BTC, aqui vai meu convite para você:

Participe comigo da transmissão do dia 9 de setembro, às 19h, que chamei de “Os Novos Bitcoins”.

Nela, vou explicar minha tese para o próximo grande impulso das altcoins e explicar como você pode se posicionar de forma estratégica.

CLIQUE AQUI para se inscrever e reserve o seu convite.

Radar de Mercado

Fed confirma o que todos esperavam

Powell falou, mercado ouviu.

Na sexta-feira, durante o simpósio de Jackson Hole, o chairman do Fed adotou um tom mais dovish (brando) que o mercado esperava.

A mensagem foi clara: cortes de juros estão chegando em setembro.

O discurso mudou o jogo.

Antes: mercado em compasso de espera, com apenas 75% de chance de corte precificada. Depois: probabilidade subiu para 87%.

Como isso afeta você? Cortes de juros historicamente alimentam alta de ativos de risco – incluindo cripto. É dinheiro barato voltando ao sistema.

Gigante das criptos adiciona mais BTC

A MicroStrategy não para. Mais R$ 1,9 bilhão investidos em Bitcoin, elevando suas reservas para mais de 630 mil BTC.

Agora é oficialmente a maior detentora institucional da criptomoeda.

Por que isso importa? Quando empresas públicas compram Bitcoin em volumes massivos, isso legitima o ativo para outros corporativos. É o efeito dominó da adoção institucional.

A baleia que trocou BTC por ETH

 


Movimento interessante: Bitcoin OG movimentou 6.000 BTC (US$ 689,5 milhões) para comprar Ethereum. Até agora, acumulou 278.490 ETH por uma média de US$ 4.585.

O que isso revela? Rotação de capital. Mesmo investidores veteranos estão diversificando para outras criptos quando veem oportunidades de melhor performance relativa.

BTC pós-ETF: novo comportamento

 

Uma observação crucial sobre o comportamento do Bitcoin: “BTC parece dois ativos completamente diferentes antes e depois do ETF”.

A tese: os dias de bull markets parabólicos e bear markets devastadores acabaram. O Bitcoin agora oscila entre fases de “pump” e “consolidação”, numa trajetória mais suave rumo ao US$ 1 milhão nos próximos 10 anos.

Para você: isso significa menos volatilidade extrema, mas também menos oportunidades de ganhos explosivos em curto prazo. O jogo mudou.

Por hoje é isso.

Não se esqueça: dia 9 de setembro, às 19h, irei te apresentar minha tese para o próximo grande impulso das altcoins e explicar como você pode se posicionar de forma estratégica. Se inscreva agora mesmo e reserve seu convite.